quarta-feira, novembro 29, 2006

PARA BURRO SÓ LHE FALTAM AS PENAS *

«O jogador da equipa visitada, Micolli, desmandou-se em velocidade
tentando desobstruir-se no intuito de desfeitear o guarda-redes visitante.
Um adversário à ilharga procurou desisolá-lo, desacelerando-o com auxílio à utilização indevida dos membros superiores, o que conseguiu.
O jogador Micolli procurou destravar-se com recurso a movimentos tendentes à prosecução de uma situação de desaperto mas o adversário não o desagarrava.
Quando finalmente atingiu o desimpedimento desenlargando-se, destemperou-se e tentou tirar desforço, amandando-lhe o membro superior direito à zona do externo, felizmente desacertando-lhe.
Derivado a esta atitude, demonstrei-lhe a cartolina correspectiva.»


Extracto do relatório do árbitro Carlos Xistra relativo à apresentação
do segundo cartão amarelo ao jogador Micolli, do Benfica, que o impediu de alinhar contra o Porto.


* Mas como os burros não têm penas não lhe falta nada.

segunda-feira, novembro 20, 2006

JUSTIÇAS

A acusação contra José Veiga, por alegada «burla qualificada e infidelidade de negócio» cometidas na qualidade de empresário HÁ SEIS ANOS - quando da contratação de João Pinto pelo Sporting -, vem demonstrar que, em Portugal, mais perigoso que cometer um crime económico ou contra a verdade desportiva é enfrentar o Sistema.
Espera-se agora que Veiga, confrontado pela justiça, abra a boca.

Entretanto o processo do Apito de Gondomar seguiu para a fase de instrução.
A instrução vai agora confirmar ou invalidar a acusação que impende sobre Valentim Loureiro, suspeito da prática de 26 crimes de corrupção activa sob a forma de cumplicidade e de dois crimes dolosos de prevaricação.
O vice-presidente de Loureiro é acusado de 47 crimes — 26 dolosos de corrupção activa e 21 crimes dolosos de corrupção desportiva activa.

O vereador Joaquim Manuel de Castro Neves é acusado de 19 crimes dolosos de corrupção desportiva activa e o ex-presidente do Conselho de Arbitragem José António Pinto de Sousa é acusado de 26 crimes dolosos de corrupção passiva para acto ilícito.


Para além da dedução das acusações relativas a Gondomar, foram extraídas 81 certidões relativas a factos no âmbito deste processo que reportam a outras comarcas.

(Sobre este assunto ver post A PINTO DOURADO

sexta-feira, novembro 03, 2006

POR INTERPOSTOS APITOS

O presidente da Comissão Disciplinar da Liga, desembargador Pedro Mourão, solicitou ao Ministério Público de Gondomar certidões de todas as indiciações obtidas no processo Apito Dourado, com o objectivo de «investigar e punir a eventual prática de infracções disciplinares de natureza desportiva».
Estaríamos nós à beira de uma prática disciplinar à italiana? Nada disso. Pois eis que se mete no assunto o presidente do Marítimo, que não é arguido no processo, reclamando a revogação do pedido do presidente da Liga. Por sinal, o advogado do presidente do Marítimo, que interpôs o recurso, é também defensor de Pinto da Costa no processo do Apito e tem escritório com Adelino Caldeira, administrador da SAD portista.
Não, isto não anda tudo ligado! É só fumaça!
De qualquer maneira, atenção às próximas arbitragens de jogos do Marítimo.